Telemedicina no cuidado do AVC: ampliando acesso e salvando vidas

Este conteúdo faz parte do terceiro episódio do quadro “Cada minuto conta. Cada vida também – Histórias reais de quem teve uma segunda chance graças ao TeleAVC® IMCer”.
O avanço da telemedicina tem transformado a forma como os pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC) recebem atendimento, especialmente em regiões onde não há neurologistas disponíveis de forma presencial. No Instituto Mente e Cérebro (IMCer), o TeleAVC é um dos serviços que garantem esse suporte especializado a distância.
Em entrevista conduzida por Mariana Razza Rossi, o coordenador da Linha de Cuidado do IMCer, Dr. Vitor Melgar, compartilhou como a prática tem feito diferença na rotina médica e, principalmente, na vida dos pacientes.
Segundo ele, mesmo com uma formação tradicional, baseada no atendimento presencial, cada consulta online representa um novo aprendizado.
“A telemedicina permite levar neurologia de qualidade a locais que jamais imaginávamos. É gratificante perceber que, mesmo à distância, conseguimos oferecer atendimento humanizado e especializado para quem mais precisa.”
Casos que mudam vidas
Entre os inúmeros atendimentos realizados pelo TeleAVC, o Dr. Vitor destaca situações clássicas de pacientes que chegam ao pronto-socorro com perda súbita de força em um lado do corpo e dificuldade de fala — sinais típicos de um AVC isquêmico por obstrução da artéria cerebral média esquerda.
Nesses casos, a conduta rápida é determinante. O médico do hospital local recebe a orientação em tempo real sobre o uso correto do trombolítico, aumentando as chances de recuperação.
“Um paciente que poderia ficar para sempre com sequelas graves — sem mover um braço ou sem conseguir se comunicar — pode evoluir com melhora expressiva graças à conduta adequada, mesmo com o neurologista a quilômetros de distância.”
Um aliado para hospitais e equipes
Para o Dr. Vitor, o TeleAVC não substitui o atendimento local, mas complementa o trabalho das equipes de pronto-atendimento, trazendo segurança nas decisões.
“O grande diferencial é oferecer poder de decisão. Nem todo paciente pode receber trombólise. Saber quando indicar e quando não indicar faz toda a diferença. Assim, o resultado final é um paciente que pode ter alta com qualidade de vida e sem sequelas motoras.”
O TeleAVC é, portanto, uma ferramenta que democratiza o acesso à neurologia de excelência, amplia a resolutividade dos hospitais e salva vidas todos os dias.

