IMCELER tem dois estudos publicados nos anais do World Stroke Congress e evidencia impacto do TeleAVC® na assistência ao AVC no Brasil

Há cerca de um mês, o IMCELER esteve em Barcelona para participar do World Stroke Congress, o maior encontro mundial dedicado ao cuidado do AVC. Naquele momento, os trabalhos aprovados haviam sido apresentados ao Comitê Científico do evento. Agora, nesta semana, ambos foram oficialmente publicados nos anais do Congresso, na reconhecida revista International Journal of Stroke, da World Stroke Organization, consolidando o reconhecimento internacional da produção científica da instituição.
Os dois estudos, desenvolvidos em parceria entre professores da UNISINOS e da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), foram avaliados entre centenas de submissões de pesquisadores de diversos continentes. Ambos abordam pilares centrais do TeleAVC®: viabilidade, segurança, efetividade clínica e impacto na prática dos profissionais que atuam nas emergências.
1. Implementação de Telestroke em País de Média Renda: Resultados de Sete Hospitais Brasileiros
O primeiro estudo, “Telestroke Implementation in a Middle-Income Country: A Multicenter Report from Seven Stroke-Naïve Hospitals”, avaliou os seis primeiros meses de implementação do TeleAVC® em sete hospitais brasileiros que nunca haviam tido capacidade de realizar trombólise intravenosa.
Foram analisadas 329 teleconsultas, sendo 220 casos de AVC isquêmico. Dos pacientes elegíveis, 48,6% receberam trombólise, índice extremamente elevado para hospitais sem neurologista 24h. A média de idade dos trombolisados foi de 62,3 anos, e a mediana do NIHSS caiu de 9 para 1 após o tratamento — um dado que reforça o impacto clínico direto do manejo especializado.
Entre os pacientes tratados, apenas 7,5% apresentaram hemorragia intracraniana, percentual compatível com os melhores centros internacionais.
Os autores concluíram que o TeleAVC® permitiu que hospitais sem estrutura prévia passassem a oferecer o tratamento adequado, algo essencial em um país com profundas desigualdades regionais de acesso à neurologia. O IMCELER demonstrou, de forma inédita, que a telemedicina bem estruturada é capaz de levar tratamento eficaz a regiões onde isso simplesmente não existia.
2. Satisfação dos Médicos Não-Neurologistas com o Suporte do TeleAVC®: Um Estudo Multicêntrico
O segundo estudo, “Satisfaction of Non-Neurologist Physicians with Telemedicine Support for Acute Stroke in Brazil: A Multicenter Study”, investigou a percepção dos médicos das emergências que atuam nos hospitais atendidos pelo IMCELER.
Foram convidados 92 médicos; 35 responderam ao questionário estruturado. Os resultados foram expressivos:
- 94,3% consideraram o TeleAVC® fácil ou muito fácil de usar.
- 91,4% relataram melhora imediata no cuidado ao AVC após a implementação.
- 88,6% afirmaram sentir-se mais confiantes nas condutas.
- 82,2% perceberam aumento na segurança profissional e na tomada de decisão.
- 77,1% relataram redução significativa do tempo de resposta.
Os entrevistados destacaram que o acesso a imagens DICOM, a documentação de teleconsultas e os recursos de audiovisual foram determinantes para aumentar a qualidade do atendimento. Para muitos, o TeleAVC® trouxe tranquilidade, respaldo técnico e maior autonomia clínica, especialmente em turnos críticos, como madrugadas e finais de semana.
Impacto para o Brasil e para o mundo
A publicação desses trabalhos nos anais do World Stroke Congress coloca o IMCELER ao lado das principais instituições mundiais que pesquisam novos modelos de cuidado ao AVC.
Mais do que números, os estudos comprovam que:
- telemedicina especializada funciona,
- é segura,
- é custo-efetiva,
- amplia acesso,
- reduz sequelas,
- melhora a experiência dos profissionais da linha de frente.
Em um país onde menos de 2% dos pacientes recebem o tratamento adequado, os dados apresentados pelo IMCELER no maior evento de neurologia vascular do mundo mostram que é possível mudar essa realidade com organização, ciência e propósito.
O reconhecimento internacional reforça a missão do IMCELER de transformar o cuidado ao AVC no Brasil — conectando equipes, qualificando profissionais e garantindo que o tratamento certo chegue às pessoas certas, no tempo certo.


