Telemedicina: a nova fronteira do cuidado que rompe distâncias

A medicina está deixando de ser um ato restrito às paredes do hospital. Em um mundo cada vez mais conectado, a telemedicina ganha um novo significado: o de levar não apenas consultas e diagnósticos, mas também procedimentos cirúrgicos complexos para locais onde a presença física de um especialista seria improvável.
Em 2025, o mundo testemunhou um marco histórico. Uma equipe internacional realizou a primeira cirurgia remota de AVC do planeta, conduzida por um neurocirurgião a quilômetros de distância do paciente. Utilizando tecnologia robótica avançada, o médico comandou à distância o cateter responsável por retirar o coágulo que bloqueava o fluxo sanguíneo no cérebro — um feito que promete redefinir o conceito de urgência neurológica globalmente.
Pouco depois, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), referência nacional em alta complexidade, integrou uma telecirurgia robótica internacional reconhecida pelo Guinness World Records como a de maior distância do mundo. A operação de uma hérnia inguinal foi realizada entre Brasil e Kuwait, separados por mais de 12 mil quilômetros, demonstrando que a medicina digital pode, de fato, atravessar fronteiras.
Esses marcos não são apenas avanços tecnológicos — são expressões de uma nova forma de cuidar. Uma medicina que alia precisão, conectividade e empatia para oferecer assistência mesmo onde antes não havia possibilidade de tratamento. O impacto é profundo: a telemedicina passa a representar não apenas conveniência, mas equidade em saúde.
No Brasil, esse movimento já ganha força. À frente dessa transformação, o Instituto Multiprofissional IMCELER tem mostrado que é possível salvar vidas sem fronteiras. Por meio de suas linhas de cuidado especializadas — TeleAVC®, TeleInfarto®, TeleRADIO® e TelePsiquiatria® — o instituto hoje apoia mais de 17 hospitais em quatro estados brasileiros (RS, SC, SP e MG), conectando equipes locais a especialistas em neurologia, cardiologia, radiologia e saúde mental.

“Nosso propósito é democratizar o acesso a especialistas e garantir que qualquer pessoa, em qualquer cidade, tenha a mesma chance de um tratamento de excelência”, afirma o neurologista e diretor médico do IMCELER, Dr. Diógenes Zãn. A missão do instituto reflete o mesmo espírito que move as grandes inovações internacionais: fazer da tecnologia um instrumento de humanidade.
Com o avanço da conectividade e o desenvolvimento de plataformas mais seguras, a telemedicina caminha para além das consultas virtuais. A telecirurgia robótica, por exemplo, já permite que equipes médicas experientes conduzam procedimentos complexos de forma remota, reduzindo o tempo de espera, evitando transferências e ampliando as possibilidades de reabilitação precoce.
Nos próximos anos, essa integração entre robótica, inteligência artificial e conectividade promete transformar profundamente a forma como pacientes são atendidos — de onde quer que estejam. E é nesse horizonte que o IMCELER se posiciona: como um agente ativo na construção de uma saúde mais acessível, moderna e justa.
Porque cuidar, hoje, é também saber conectar.
Referências:
1. Mendes Pereira V, Surg 2020;12:338–340. doi:10.1136/neurintsurg-2019-015671.reprintsurg-2019-015671.rep
2. https://www.hcpa.edu.br/4213-cirurgiao-do-clinicas-integra-telecirurgia-robotica-que-entra-para-o-guinness-como-recorde-mundial-de-distancia – site oficial do HCPA
3. https://www.metropoles.com/saude/1a-cirurgia-de-avc-remota-mundo

