A mais recente edição da revista ABNews, publicação oficial da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), trouxe como destaque uma entrevista com o Dr. Diógenes Zãn, Diretor Médico do Instituto Multiprofissional IMCELER, sobre o papel da telemedicina na neurologia e o futuro do atendimento de emergência. A conversa, conduzida pela redação da ABN, aprofundou aspectos técnicos, operacionais, assistenciais e regulatórios dessa modalidade de atendimento, que vem transformando o cuidado neurológico no país.

O convite para a entrevista reflete a relevância do serviço TeleAVC®, iniciativa idealizada pelo grupo IMCELER, que hoje é reconhecida como o maior serviço de telemedicina em AVC do sul do Brasil, com cobertura em mais de 16 diferentes hospitais. O modelo tem se destacado por oferecer suporte remoto 24 horas por dia a equipes de pronto atendimento, garantindo diagnósticos e condutas rápidas em situações tempo-dependentes.

Durante a entrevista, o neurologista destacou que a telemedicina deixou de ser uma tendência para se tornar um instrumento essencial na democratização do acesso à saúde. Ele lembrou que, no caso do AVC, cada minuto de atraso representa a perda de quase dois milhões de neurônios — um dado que reforça a urgência de modelos assistenciais capazes de reduzir o tempo entre o início dos sintomas e o tratamento adequado.

“A telemedicina em AVC permite diagnóstico rápido por meio da teleinterconsulta e análise imediata da tomografia, garantindo que, mesmo a quilômetros de distância, o paciente possa receber terapias críticas como a trombólise e a trombectomia”, destacou o Dr. Diógenes.

O especialista também abordou as bases técnicas necessárias para o funcionamento seguro e eficaz de um serviço de telemedicina, enfatizando pilares como comunicação em tempo real, acesso remoto criptografado a imagens e prontuários, sistemas PACS e dashboards de indicadores de desempenho assistencial. A segurança da informação, segundo ele, é um eixo central do modelo — desde o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) até o uso de plataformas que garantem rastreabilidade e registro médico conforme as resoluções do Conselho Federal de Medicina.

Além da estrutura tecnológica, o médico ressaltou a importância do engajamento das equipes locais e dos programas de educação continuada que sustentam o sucesso do TeleAVC®. Cada hospital parceiro recebe capacitações regulares que simulam atendimentos de urgência, fortalecendo a integração entre o neurologista remoto e a equipe presencial.

“A telemedicina não substitui, mas complementa o cuidado presencial. Ela coloca o especialista à beira-leito, mesmo em locais sem neurologista de plantão, garantindo decisões rápidas e seguras”, afirmou.

Ao longo da matéria, o Dr. Diógenes explicou que o modelo adotado pelo IMCELER também adota o modelo hub-and-spoke, no qual centros de referência oferecem suporte remoto contínuo a hospitais regionais, integrando assistência, gestão e ensino. Essa estrutura não apenas aumenta o acesso a tratamentos avançados, mas também padroniza protocolos, reduz riscos jurídicos e fortalece a qualidade assistencial em regiões que antes carecem de especialistas.

A entrevista também destacou a ampliação do uso da telemedicina para outras áreas da neurologia e especialidades correlatas, como cardiologia, psiquiatria, terapia intensiva, radiologia e reabilitação. Segundo o diretor, o aprendizado da pandemia consolidou a telemedicina como uma ferramenta permanente na prática médica moderna.

“Mais do que uma inovação tecnológica, trata-se de uma estratégia para reduzir desigualdades regionais e fortalecer a qualidade do cuidado no Brasil”, concluiu o diretor médico do IMCELER.

Ao abrir espaço para o tema em sua publicação oficial, a Academia Brasileira de Neurologia reconhece o papel transformador da telemedicina no país e reforça a importância de modelos sustentáveis que unam tecnologia, ética e ciência em prol da vida.

O TeleAVC® — fruto dessa visão — segue expandindo seu impacto, consolidando o sul do Brasil como referência nacional em atendimento remoto de urgências neurológicas e reafirmando a missão do IMCELER de transformar o cuidado em saúde por meio da integração entre assistência, gestão e educação.